É tempo da justa homenagem ser concedida a Aristides de Sousa Mendes. Mediante estes valores de grande humanidade e solidariedade, que brotavam do mais puro do seu ser cabe a nós transmiti-los, às gerações vindouras, fazendo prosperar o seu nome pelo futuro.Perante isto, sinto a forte convicção de defender, que seja atribuído o nome de “Aristides de Sousa Mendes” à nova ponte sobre o rio Tejo, a ser construída em Lisboa, Portugal.
Em plena Segunda Guerra Mundial, na cidade de Bordéus, em França, um generoso homem enfrenta outro conflito: no interior da sua consciência.Dividido entre a fidelidade que havia jurado à Nação e ao seu chefe, o ditador António de Oliveira Salazar e entre os mais puros valores que cultivara durante toda a sua vida: o direito à Vida e o direito à Liberdade.Por outras palavras, este homem acatava as ordens que vinham do governo português, que representava em terras francesas, e deixaria as desesperadas famílias serem sentenciadas à morte, em campos de extermínio Nazi; ou então deixar-se-ia guiar pelos suas mais gritantes convicções, ajudando numerosas pessoas a fugirem à morte, cedendo-lhes um simples mas precioso visto, para Portugal.Este homem, de seu nome Aristides de Sousa Mendes, Cônsul Português em Bordéus, com a ajuda da sua família, concedeu vistos de dia e de noite, para poder atender aos pedidos, que recebia a todo o momento. Os pedidos chegavam de refugiados da Áustria, Polónia, Alemanha, Bélgica, Holanda e Luxemburgo que tinham caído em poder Nazi.Sousa Mendes, consegui passar sensivelmente 30 mil vistos em poucos dias, permitindo a fuga para Portugal e depois para os quatro cantos do Mundo, principalmente para o Brasil e Estados Unidos da América.Desta forma, Aristides de Sousa Mendes, junta-se à lista dos grandes “Homens”, como o conhecido Óscar Schindler, que tudo fizeram, para salvar a vida a milhares de pessoas, durante esta tão sangrenta Guerra.Esta decisão, custar-lhe-ia um preço muito alto, a si e àqueles que mais amava, a sua família. Pois seria impedido pelo chefe de governo, Oliveira Salazar, de exercer funções, recebendo apenas metade do valor do salário que habitualmente recebia.Não podendo sustentar a sua numerosa família, com vários filhos, foi obrigado a vender os seus bens. Afundado-se em dívidas e hipotecas, caiu na miséria. Desprezado, sem qualquer reconhecimento e gratidão, pelo seu enorme contributo à humanidade, faleceu esquecido e pobre.